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Tomadas de Posição

voluntariado

O Exército de Salvação acolhe, ajuda, e protege todos sem discriminação, providencia ajuda social e espiritual, o que não quer dizer que concordemos com o que as pessoas fazem em determinadas situações. Com as nossas bases cristãs tentamos levar cada ser humano a uma realidade de relacionamento com Deus e a mudar a sua vida para melhor.

O Exército de Salvação é uma Igreja Cristã, os seus princípios são a favor da dignidade e vida humana com base em príncípios bíblicos. Como tal existem algumas tomadas de posição que tornamos públicas, não como forma discriminatória, porque nunca o fizemos e nunca o iremos fazer, mas por questões de integridade, respeito e transparência para com pessoas e instituições com que diariamente trabalhamos.

O Aborto O Álcool e as Drogas A Bebida Social
Casamento e Divórcio A Eutanásia A Família
Homossexualidade Inseminação artificial e fertilização “In vitro” O Jogo
A Observância do Domingo Objectores de Consciência A Paz Mundial
A Pena de Morte Planeamento Familiar Pornografia
Relações Inter-Grupo Responsabilidade pelo Ambiente  
O Aborto

O Exército de Salvação acredita na santidade de toda a vida humana e considera que cada pessoa é de infinito valor e que cada vida é uma dádiva de Deus para ser acarinhada, nutrida e redimida. A vida humana é sagrada porque é feita à imagem de Deus e tem um destino eterno (Génesis 1:27). A sacralidade não é concedida e não pode ser tomada por acordo humano.

O Exército de Salvação deplora a pronta aceitação do aborto pela sociedade, o que reflete insuficiente preocupação por pessoas vulneráveis, incluindo aqueles por nascer (Salmo 82:3-4).

O Exército de Salvação mantém os ideais cristãos de santidade antes do casamento e fidelidade dentro do casamento e, consistentemente com estes ideais, apoia medidas para a prevenção de gravidezes de crise. Opõem-se ao aborto como um meio de controlo de natalidade, de planeamento familiar, seleção de sexo ou por qualquer razão de mera conveniência para evitar a responsabilidade da conceção. Consequentemente, quando uma gravidez indesejada ocorre, o Exército de Salvação aconselha a que a situação seja aceite e que a gravidez seja continuada até ao fim, e oferece ajuda prática e assistência com planeamento.

O Exército de Salvação reconhece que há circunstâncias trágicas e inesperadas que requerem decisões difíceis em relação a uma gravidez. Tais decisões deverão ser feitas somente após muita ponderação, em oração e consideração, com o devido envolvimento da família da mulher e aconselhamentos pastoral, médico e outros necessários. Uma mulher nestas circunstâncias necessita de aceitação, amor e compaixão.

Quando o aborto é praticado, o Exército de Salvação continuará a mostrar amor e compaixão e a oferecer os seus serviços e comunhão aos envolvidos.

O Álcool e as Drogas

O Exército de Salvação concorda que muitas drogas benéficas à saúde podem causar dependência. Somente o médico pode pesar os benefícios e os riscos presentes na prescrição feita para cada paciente.

O mau uso deliberado de tais drogas, para alcançar estados de esquecimento ou de alucinação é condenado. Os distúrbios físicos, mentais e emocionais, resultantes de tal uso, são conhecidos pelos oficiais do Exército de Salvação, que continuarão a oferecer tratamento para as vítimas de dependência, cientes de que tais práticas têm origem num profundo problema emocional e espiritual, peculiarmente comum entre os jovens.

Indiscutivelmente, a droga mais usada é o álcool, e essa dependência está a aumentar em muitas partes do mundo. O Exército de Salvação, reconhecendo tanto os perigos espirituais quanto temporais herdados pelo uso de bebidas alcoólicas, exigiu, historicamente, a abstinência total aos seus soldados e oficiais. Embora sem condenar aqueles que, fora das suas fileiras, escolham ceder a essas práticas, crê, contudo, ser a abstinência a única garantia certa contra o abuso e os consequentes males do vício.

Cremos que a experiência tem mostrado uma ligação direta entre a incidência de dependência com a fácil aquisição de bebidas alcoólicas e a crescente aceitação social do seu consumo. Apoiamos, portanto, a promoção de leis que possam reduzir o consumo do álcool.

As atitudes para com a causa, como também par com o tratamento do alcoolismo, mudaram radicalmente nos últimos cem anos. Porém, o Exército de Salvação, que mantém grandes centros de tratamento em muitas partes do mundo, ainda crê que a abstinência total é o único caminho aberto para a vítima sair da sua dependência.

A Bebida Social

O beber socialmente tornou-se um problema. O álcool tem sido introduzido nos lares e incluído em funções sociais, onde, antes, nunca seria permitido.

Como a maior organização de abstémios do mundo, o Exército de Salvação, espera que cada membro assuma o compromisso abstinência ao tornar-se um salvacionista. Parte da influência do Exército de Salvação no mundo, é devida ao respeito mantido pelos seus altos padrões.

Não se deve beber socialmente, nem mesmo para agradar aos anfitriões ou aos companheiros de trabalho. Não é admitida nenhuma forma de bebida alcoólica nos círculos salvacionistas.

Há milhares de pessoas que desejariam nunca ter tocado em bebidas alcoólicas. Embora beber socialmente, uma vez ou outra, não signifique tornar-se um alcoólico, todo o alcoólico deve ter começado com uma única bebida. A assistência salvacionista inclui ajuda a homens e mulheres que são escravos da bebida. Seria ilógico que qualquer salvacionista bebesse enquanto, ao mesmo tempo, procura ajudar outros a abandonarem o vício.

O álcool prejudica o raciocínio. Todos os cristãos deveriam dar o exemplo de responsabilidade pessoal nas suas vidas particulares. O melhor exemplo é excluir as bebidas alcoólicas por completo.

Casamento e Divórcio

O Exército de Salvação afirma o padrão de matrimónio estabelecido no Novo Testamento, ou seja, a união voluntária e amorosa para toda a vida de um homem e uma mulher, excluindo todos os outros, sendo tal união estabelecida por uma cerimónia autorizada.

"Voluntária" indica que os parceiros se escolhem livremente ou, em certas culturas, concordam em se casar. "Para toda a vida" indica que não pode haver uma experiência ou um casamento temporário.

Pela sua natureza, o casamento baseia-se num relacionamento de amor, um reflexo do amor de Deus para com a raça humana. A permanência do compromisso matrimonial proporciona segurança e crescente confiança mútua, chamada nas Escrituras de um relacionamento de "uma só carne" (Génesis 2:24), confirmado por Jesus: "O que Deus ajuntou não o separe o homem" (Mateus 19:6).

A natureza exclusiva do matrimónio não deixa lugar para infidelidade sexual. Nas relações sexuais o casal expressa um ao outro sentimentos profundos de amor, o respeito mútuo, o pertencer e a interdependência. As relações sexuais fora do casamento nunca alcançarão tais sentimentos. Somente a certeza da absoluta lealdade mútua conduz ao desenvolvimento pleno do relacionamento conjugal.
O Exército de Salvação afirma que o padrão divino referente ao matrimónio, revelado nas Escrituras, diz respeito a todos os povos, em todos os lugares.

Jesus ensinou que o divórcio é sinónimo de fracasso (Marcos 10:2-12, Mateus 19:3-9). Porém, os salvacionistas creem que a atitude de Jesus para com os envolvidos em problemas maritais nunca seria outra a não ser a de amor e compaixão.

Portanto, o Exército de Salvação, embora defensor enérgico da imutável vontade de Deus para com os homens e mulheres em relação ao matrimónio, reconhece a realidade de que certos casamentos falham, e está disposto, sob a direção de Deus, a oferecer aconselhamento e ajuda aos casais assim afetados.

Após aconselhamento cuidadoso, e no caso onde um segundo matrimónio possa cicatrizar ferimentos emocionais, o Exército permite (mas não exige) que os seus oficiais realizem a cerimónia de casamento de uma pessoa divorciada. Doutrina sadia juntamente com misericórdia em ação são as marcas da atitude salvacionista para com problemas conjugais e emocionais.

O Exército de Salvação reafirma que o fortalecimento e encorajamento da instituição do matrimónio é um pré-requisito essencial a uma vida familiar sólida que é, por sua vez, vital para o estabelecimento de uma sociedade estável.

A Eutanásia

A fé cristã coloca a morte no seu devido lugar, como a transição da vida terrena para a vida eterna. Nesse contexto, o Exército de Salvação crê que o homem não tem o direito de morrer por decisão própria, quer seja causada por um ato pessoal, quer pela autorização dada a uma outra pessoa para o fazer.

A experiência comum dos cristãos através dos séculos tem sido de que a graça de Deus mantém o coração e a mente até ao fim. Para muitos, o fim da vida é obscurecido pelo sofrimento e pela alteração das faculdades mentais. Enquanto cremos que é certo usar todo e qualquer tratamento da medicina para controlar a dor, a experiência nega o direito de legalizar o término de vida de uma forma deliberada por um médico, autorizado por uma declaração assinada pelo paciente, enquanto com saúde. Tal eutanásia ameaça tanto depreciar a função dos médicos, quanto a confiança dos seus pacientes.

Como um complemento a este assunto, o Exército de Salvação concorda que, em caso de morte cerebral, o parente mais próximo do paciente, quando a tal aconselhado pelo médico (ou equipa médica) responsável, está justificado em autorizar que desliguem os sistemas de manutenção da vida.

Promovemos o conceito de cuidados paliativos e da morte com dignidade ao tratar o paciente nos aspetos sociais, médicos e espirituais.

A Família

A unidade básica da sociedade é a família. É o alicerce sobre o qual estão construídas a estabilidade e a segurança para todos os seus membros.

Mudanças significativas na maneira de viver e nos valores da vida afetam a unidade familiar. Pouco a pouco estão a aumentar o número de uniões através do direito consuetudinário, de casais homossexuais, e de pais solteiros, e em muitas famílias ambos os pais trabalham fora de casa.

O Exército de Salvação declara que, apesar destas muitas mudanças, a família em que mãe e pai compartilham igualmente da criação dos seus filhos proporciona o ambiente ideal para um desenvolvimento saudável e completo. Aqui se encontra o curso básico de amor, consideração, estabilidade emocional, segurança, educação fundamental e socialização, e desenvolvimento espiritual e moral.

O Exército de Salvação afirma a sua convicção plena de que o casamento de um homem com uma mulher é uma instituição sagrada estabelecida por Deus. A permanência e qualidade deste relacionamento proporcionam a base daquela estabilidade essencial de que a família precisa.

Por intermédio de todos os seus programas e serviços o Exército de Salvação procura fortalecer o matrimónio e enriquecer a vida familiar. Ao mesmo tempo esforça-se para servir em nome e por amor de Cristo a todos os necessitados.

Homossexualidade

O Exército de Salvação acredita que a homossexualidade só pode ser corretamente considerada ao ser examinada à luz do ensino bíblico sobre a sexualidade humana, em termos gerais. O relato da criação registado nos primeiros capítulos do livro de Génesis, revela as verdades a seguir:

1. Que fomos criados à imagem de Deus (Génesis 1:27)
2. Que Deus nos criou tanto macho como fêmea (Génesis 1:27)
3. Que a diferenciação dos sexos faz parte da imagem divina na raça humana (Génesis 1:27)
4. Que Deus remediou a solidão de Adão pela criação de uma mulher, não pela criação de um outro homem. (Génesis 2:21,22).
5. Que a união sexual que conduz ao relacionamento de "uma só carne", deve acontecer entre macho e fêmea. (Génesis 2:23,24).
6. Que uma união assim deveria ser estabelecida no ambiente de um relacionamento permanente, e que seja publicamente reconhecido. Isto formará a base de uma nova unidade familiar. (Génesis 2:24).

A Bíblia, portanto, ensina que a intenção de Deus para a humanidade é que a sociedade seja ordenada na base de uniões heterossexuais, legalmente autorizadas, e realizadas para a vida inteira. Tais uniões (matrimónio) dirigem-se à formação de unidades sociais (famílias), que são essenciais ao desenvolvimento humano e, portanto, à estabilidade da comunidade.

A PRÁTICA

As Escrituras opõem-se às práticas homossexuais por comentário direto (Levítico 18:22,23; Romanos 1:26,27; I Coríntios 6:9; 1 Timóteo 1:10), e também pela desaprovação indicada de uma forma bem clara (Génesis 19:1-29; Juízes 19:1-30; 2 Pedro 2:1-22; Judas 3-23). A Bíblia trata tais práticas como sendo anormais. Elas rejeitam tanto as implicações óbvias da fisiologia humana, como o potencial para a procriação. O primeiro capítulo de Romanos vê os atos homossexuais como um sinal de uma recusa profunda em aceitar o esquema que Deus organizou para a sua criação (Romanos 1:23-25).

O Exército reconhece que as amizades entre as pessoas do mesmo sexo podem ser relacionamentos que enriquecem ambos, que honram a Cristo, trazendo alegria em compartilhar mutuamente. Porém, segundo o ensino das Escrituras, relacionamentos expressados de forma genital entre pessoas do mesmo sexo não são aceitáveis. Tentativas de estabelecer ou promover tais relacionamentos como alternativas viáveis à vida familiar com base heterossexual, não concordam com a vontade de Deus para a sociedade.

Por esta razão, e em obediência ao exemplo de Jesus, cujo amor compassivo incluiu a todos, os Salvationistas procuram entender, aceitar e ajudar as pessoas com tendência homossexual, e as que expressam aquela tendência em atos sexuais. Os Salvationistas opõem-se à prática de vitimar outras pessoas por causa da sua orientação sexual e reconhecem a tensão social e emocional, e a solidão que muitos sentem, por serem homossexuais.

AS ORIGENS

O Exército vê as origens de uma orientação homossexual como um mistério. Não vê a tendência homossexual como algo a ser censurável por si mesmo, ou a ser corrigida pela vontade da própria pessoa. Todavia, enquanto não somos responsáveis por aquilo que somos, somos responsáveis por aquilo que fazemos; e a conduta homossexual, como a conduta heterossexual, é controlável e, portanto, pode ser avaliada moralmente à luz do ensino bíblico.

Por esta razão tais práticas, se não forem renunciadas, fazem uma pessoa inelegível para tornar-se soldado Salvacionista, da mesma forma que a conduta imprópria heterossexual, se não for renunciada, é um impedimento para alguém ser soldado. O Exército reconhece o sentimento forte sobre a identidade sexual, e a dificuldade que muitos encontram em expressar esta identidade de acordo com os padrões das Escrituras. Não obstante, crê firmemente no poder da graça de Deus que possibilita um estilo de vida que agrade a Ele constantemente, ao incluir uma maneira de viver construída sobre o celibato e o auto-domínio para aqueles que não querem ou não podem casar-se. Nenhuma pessoa que se rende ao domínio de Cristo e se compromete por Sua graça a viver em harmonia com o ensino da Bíblia está excluída da comunhão e do serviço cristão no Exército de Salvação.

Inseminação artificial e fertilização «In vitro»

Muitos casais sofrem a dor de não terem filhos, e a angústia deles desperta gradualmente uma atitude compassiva por parte dos profissionais que prestam assistência nesta área. Esta atitude envolve compreensão, aconselhamento e proporciona serviços especializados e procedimentos que podem ser úteis em eliminar impedimentos à infertilidade.

Presentemente a tecnologia reprodutora proporciona soluções para a infertilidade de muitos casais, mas também abre portas a técnicas diversas, algumas das quais são evidentemente imorais e outras estão envoltas por incertezas éticas. O seu uso levanta questões à luz de afirmações teológicas e é potencialmente ameaçador da santidade e dignidade da vida humana. Com um leque de possibilidades quanto à assistência, ou interferência, na arte sagrada de procriação, o conhecimento e habilidade do homem devem encaixar-se com um senso profundo de responsabilidade e respeito pela vida.

INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL PELO MARIDO (IAM)

O Exército de Salvação reconhece a inseminação artificial, na qual o esperma do marido é introduzido no útero da esposa, como um procedimento aceitável para auxiliar o casal a conceber um filho, depois dos métodos naturais terem falhado e dentro do contexto de um casamento heterossexual estável.

INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL PELO DADOR (IAD)

Para alguns casais a IAM não dará resultado e o profundo desejo de ter um filho poderá levar o marido e a esposa a considerar a hipótese de inseminação artificial por um dador. O Exército de Salvação adverte quanto a este procedimento devido às sérias implicações legais, éticas, morais e sociais que podem adversamente afetar o casal, o doador, a criança e a sociedade de uma maneira geral.

FERTILIZAÇÃO "IN VITRO" – MARIDO E ESPOSA

O Exército de Salvação reconhece que para casais que não conseguem conceber um filho através da cópula normal ou inseminação artificial (IAM), a fertilização "in vitro" (FIV) pode ser considerada, utilizando os óvulos da esposa e o esperma do marido.

O Exército recomenda que os casais que consideram tal possibilidade sejam aconselhados e recebam uma explicação completa dos procedimentos, riscos e consequências potenciais. Este aconselhamento deve incluir alternativas para a fertilização "in vitro" que são o não ter filhos, a adoção e o acolhimento temporário.

A vida que é concebida "in vitro" deve ser tratada com respeito, reverência e dignidade. Deve ser protegida contra danos, experiências e morte. Deve-se tomar imenso cuidado para que óvulos não desejados ou fertilizados a mais não sejam produzidos.

Todos os óvulos fertilizados devem ser inseridos por implantação, e todos os esforços devem ser feitos para salvaguardar a gravidez.

FERTILIZAÇÃO "IN VITRO" – UM TERCEIRO DOADOR

Muitos dos problemas associados à SIDA aplicam-se igualmente à fertilização "in vitro" na qual um terceiro doador se envolve neste processo. O Exército de Salvação adverte contra a FIV na qual o esperma do doador e/ou óvulos da dadora são utilizados.

O uso de um terceiro doador na FIV abre espaço para uma multidão de estranhas possibilidades tais como experiências ilimitadas com gâmetas inusitados, "útero adotivo" para o crescimento do feto, seleção de "super-bebés", e crianças para casais homossexuais.

O Exército de Salvação acredita que a FIV se deve limitar a casais de casamentos heterossexuais estáveis.

MATERNIDADE SUBSTITUTA

O Exército de Salvação opõe-se à maternidade substituta. O conceito de ética cristã do Exército opõe-se ao facto de uma terceira parte com o esperma de um homem cuja mulher é incapaz ou não deseja ter um filho. Isto também está repleto de complicações legais e profundas forças psicológicas e éticas que podem deixar marcas para o resto da vida. Entra em conflito com a tentativa do Exército de apoiar e promover uma vida familiar estável, e infringe os relacionamentos matrimoniais.

EM SUMA

A inseminação artificial e a fertilização "in vitro" são aceitáveis quando o esperma de um marido e os óvulos de uma mulher são usados. O Exército de Salvação adverte fortemente contra o uso de doadores devido às implicações legais, morais, sociais, psicológicas e éticas que podem surgir.

Os problemas no uso da reprodução humana com assistência são muitos e complexos. Não há respostas fáceis. O Exército de Salvação continuará a fazer tudo o que puder para balancear fortes doutrinas e princípios com forte misericórdia e sensibilidade. O Salvacionista não irá alterar as suas crenças, mas nem irá ele condenar aqueles que escolheram meios extraordinários de alcançar a paternidade. O desejo fundamental deve ser oferecer amor e aconselhamento em nome de Jesus Cristo.

O Jogo

O jogo é uma tentativa de ganhar à custa de outros, unicamente na base da sorte. O Exército de Salvação está bem ciente do sofrimento e da depravação que recaem sobre um número incontável de pessoas, como consequência do jogo. A nossa experiência no bem-estar social indica que muitos daqueles que jogam tendem a negligenciar as suas principais responsabilidades na vida e, frequentemente, trazem dificuldades e danos àqueles que deles dependem.

Também declara que o jogo é prejudicial ao bem-estar espiritual e moral daqueles que participam sem nenhum dano financeiro aparente sobre eles ou os seus familiares.

Sendo motivado pelo egoísmo, o jogo opõe-se à expressão cristã de amor, respeito e consideração para com o próximo. Geralmente, o jogo tem início de um modo aparentemente inofensivo. Porém, a sua prática constante tende a corroer a personalidade e o carácter do jogador, e muitas vezes leva a abusos maiores.

A sanção oficial e a aceitação pública desse mal é, na opinião do Exército de Salvação, contrária aos princípios cristãos com os quais concordamos. Portanto, opõe-se a qualquer extensão na provisão de oportunidades para o jogo, seja através de agências de governo, organizações de caridade ou interesses comerciais.

Os salvacionistas devem resistir à participação em qualquer atividade que pode proporcionar lucros materiais na base da sorte ou do azar.

A Observância do Domingo

A base bíblica para a observância de um dia de descanso por semana é o ensinamento dado no quarto mandamento (Êxodo 20:8-11). Ao reconhecer o Domingo (diferente do Sábado judaico), o Exército de Salvação concorda com o que era o costume da Igreja Primitiva na comemoração alegre da ressurreição de Cristo.

A sua preocupação, porém, não está limitada às necessidades de cristãos praticantes. O Exército de Salvação afirma que todos precisam manter um bom equilíbrio entre o trabalho e o descanso. O descanso é necessário regularmente para se manter a saúde.

Crendo que o bem-estar da sociedade depende largamente do fortalecimento e estabilidade da vida familiar, o Exército de Salvação deseja ver o Domingo como um dia em que é dada a oportunidade para os familiares estarem juntos; o dia, portanto, deve ser livre de todo o trabalho desnecessário.

O Exército de Salvação tem a consciência de que numa sociedade altamente organizada, alguns serviços serão essenciais, mas opõe-se ao uso do Domingo para desportos com fins lucrativos, encontros políticos ou quaisquer atividades que levem à secularização do dia destinado para renovação e refrigério.

Reconhece-se que a legislação por si só – numa sociedade multicultural e secularizada – não pode salvaguardar o Dia do Senhor. Porém, o Exército de Salvação acredita que a legalização de negócios a retalho sem restrições aos Domingos será prejudicial, quanto aos efeitos sociais, culturais, económicos e psicológicos, e apoia os esforços dos grupos que se opõem a isto.

Objectores de Consciência

O Exército de Salvação respeita o direito de cada cidadão decidir por si próprio sobre a questão do uso de armas durante o serviço militar, com base na convicção cristã pessoal de cada um, sem tentar influenciar qualquer pessoa de uma maneira ou de outra. O Exército de Salvação oferece um ministério espiritual completo, com toda a ajuda e orientação, tanto para os que são a favor como para aqueles que são contra esta questão.

Baseado no ensino bíblico concernente ao respeito às autoridades civis, propriamente constituídas, o Exército de Salvação aconselha aqueles que se opõem ao serviço militar a aceitarem os meios legais oferecidos para serviço alternativo, onde existentes.

A Paz Mundial

O Exército de Salvação, como parte da igreja Cristã universal, procura o estabelecimento de paz conforme proclamada por Jesus Cristo. O Exército reconhece que os problemas do mundo não se resolvem pela força, e que a ganância e o orgulho, junto com o muito difundido desejo por domínio, envenenam a alma humana e semeiam o conflito.

Sendo que existe nas armas termo-nucleares um poder destrutivo de grandes proporções, o Exército de Salvação acredita que o desarmamento nuclear por todas as nações é um elemento necessário para se conseguir a paz mundial. Não obstante, uma nação tem o direito de se defender contra a agressão de uma outra nação.

O Exército de Salvação continua a mostrar-se profundamente preocupado com o investimento de vastos recursos financeiros para apoiar a produção em larga escala de armas aterrorizantes de destruição em massa, em vez destes fundos serem utilizados para o crescimento sócio-económico por todo o mundo. O desarmamento, a paz e o desenvolvimento estão inextrincavelmente ligados uns aos outros.

O Exército de Salvação empenha-se para que os seus membros orem e trabalhem para a paz, e procurem revitalizar o testemunho ímpar da igreja sobre a fonte da verdadeira paz – Deus.

A Pena de Morte

O Exército de Salvação reconhece que as opiniões dos salvacionistas estão divididas acerca da pena de morte, tanto quanto à sua aceitação moral, quanto à sua eficácia como um impedimento de se cometerem crimes.

O Exército de Salvação acredita que toda a vida humana é sagrada, e que cada ser humano, até o mais desprezível, pode tornar-se uma nova pessoa em Cristo. Portanto, defender a continuidade ou a restauração da pena de morte seria contraditório para com os propósitos do Exército, e contrário à sua crença. Uma experiência longa em servir nos sistemas penais de muitas terras, e em ministrar o evangelho e dar um apoio mais amplo tanto aos transgressores como às vítimas juntamente com os seus respetivos familiares, confirma a confiança do Exército na possibilidade de perdão e de redenção para todos.

Argumentos baseados nas Escrituras foram utilizados tanto para apoiar como para se opor à pena de morte; o primeiro baseia-se principalmente no Velho Testamento, e o último no Novo Testamento. O Exército reconhece que aquelas leis do Velho Testamento que lidam com ritual e procedimento foram superadas em Cristo, e que uma aderência às mesmas no dia de hoje requereria a pena de morte para transgressões insignificantes. Do mesmo modo, o Exército reconhece que o Novo Testamento não procura oferecer um tratado sistemático de justiça criminal, nem dá um comentário conclusivo quanto à maneira como a sociedade deve tratar o crime e aqueles que o cometem.

A VIDA DE JESUS

Os salvacionistas procuram compreender de uma forma mais ampla as implicações do facto de que o Deus que eles adoram se identificou com pecadores através da vida de Jesus, que sofreu a pena de morte injustamente e em circunstâncias degradantes. Foi, e é, a missão de Jesus carregar a dor e a pena do pecado na sua própria natureza e pessoa, e assim tornar possível a transformação do carácter do transgressor, numa pessoa preciosa para Deus e merecedor de redenção.

O Exército de Salvação admite a necessidade da sociedade ser protegida dos criminosos, especialmente dos violentos. Reconhece, também, a responsabilidade da sociedade se organizar de tal forma que a dignidade e o valor de todas as pessoas se tornem supremos, e que os instintos inferiores de homens e mulheres não sejam provocados ou inflamados. Neste sentido, as editoras, as emissoras de rádio e televisão, os legisladores e educadores têm responsabilidades especiais. Há, também, um papel para a igreja, a justiça, a profissão médica, e os especialistas em direito penal em cooperarem no informar das autoridades, tanto na prevenção do crime, como no desenvolvimento de sistemas penais que são justos e benevolentes.

Planeamento Familiar

O casamento cristão tem como fim divinamente ordenado a companhia vitalícia de marido e mulher, santificada pelo amor mútuo a Deus e de um pelo outro. Tanto a comunhão espiritual quanto a união física têm o seu papel.

No entanto, admite-se que muitos casais terão a necessidade de limitar o número de filhos por razões de saúde, económicas e por outros fatores. Qualquer decisão, incluindo o uso de anticoncepcionais, deverá ser tomada com responsabilidade e, quando necessário, sob prescrição médica.

Pode haver casos em que o marido e a mulher tenham de se submeter à esterilização. Mas, isso deveria ser efetuado somente sob a prescrição de médicos competentes.

As decisões dos salvacionistas em relação aos anti-contraceptivos e à esterilização devem reger-se por estes princípios e não devem entrar em choque com a lei, em áreas onde a legislação governamental seja mais restrita.

Pornografia

O Exército de Salvação, preocupado com a preservação da dignidade humana, lamenta a exploração comercial do sexo e, portanto, condena todas as formas de pornografia, seja em material impresso ou apresentado em teatro, pela rádio, televisão, vídeo ou cinema.

O Exército de Salvação acredita que a pornografia explora e degenera tanto aqueles que são pagos para a produzirem, como também aqueles que são persuadidos a usufruírem da mesma.

Tal exploração não é, todavia, meramente financeira. Cria valores falsos nas vidas daqueles que são explorados, incluindo as crianças, e ameaça a qualidade do carácter individual e nacional.

Portanto, o Exército procura ativamente despertar a consciência pública contra tais males.

Acima de tudo, o Exército de Salvação crê que a sanidade da sociedade depende da conversão de homens e mulheres em toda a parte a um conceito espiritual de vida na qual padrões altos de moralidade são estabelecidos e mantidos. A disponibilidade de material pornográfico, até mesmo em resposta ao que parece ser uma certa procura, impede o desenvolvimento de tal sociedade.

EDUCAÇÃO SEXUAL

O Exército de Salvação apoia plenamente a educação apropriada da juventude nos assuntos relacionados com o comportamento e relações sexuais, porém acredita que tal educação deveria salientar a inviolabilidade daqueles relacionamentos.

Relações Inter-Grupo

O Exército de Salvação, como ramo da Igreja, opõe-se a práticas discriminatórias relacionadas com sexo, raça ou país de origem a todos os níveis de operação e administração, e procura promover a compreensão inter-grupo e dar total apoio aos imperativos dos direitos humanos e civis, não apenas aos níveis de habitação, educação e emprego, mas também nas áreas da cultura e religião, compartilhando da afinidade espiritual que faz com que todos os homens sejam irmãos. Mais especificamente:

1) No Exército de Salvação todas as posições para as quais oficiais e empregados são normalmente nomeados estão abertas a pessoas que tenham as necessárias qualificações ou capacidades.

2) Todos os serviços de bem-estar social a indivíduos ou famílias são prestados sem discriminação, de acordo com a capacidade da organização em servir no suprimento das necessidades dos envolvidos; e todos os serviços estarão igualmente disponíveis a clientes com base na necessidade e capacidade de beneficiar do programa da instituição.

3) Todos os cultos religiosos e assistência espiritual do Exército de Salvação estão disponíveis para todas as pessoas.

Desde os seus primórdios que o Exército de Salvação tem estado preocupado com as necessidades espirituais e sociais de todas as pessoas. Os seus serviços em todas as partes do mundo têm sido desenvolvidos no reconhecimento do principio bíblico de que Deus "de um só fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra." (Atos 17:26)

 

Responsabilidade pelo Ambiente

O Exército de Salvação acredita:

Como pessoas criadas à imagem de Deus (Génesis 1:27), temos a responsabilidade de utilizar os recursos da terra de uma forma que assegure que as pessoas desta e de futuras gerações não sofram de pobreza e injustiça. Isto é parte da nossa mordomia da terra e do nosso amor pelos outros. No mundo moderno, a mordomia cristã implica em larga escala permanentes mudanças de atitude e comportamento para com a criação de Deus, de forma que comecemos a "encher a terra" (Génesis 1:28).

Foi dada à humanidade a responsabilidade de "lavrar e guardar" a terra (Génesis 2:15), mas a humanidade tem destruído ou está a destruir muito da criação de Deus (Isaías 24:4-5).

As instruções de Deus para "sujeitar" a terra e "dominar" sobre todos os seres vivos (Génesis 1:28) não podem ser interpretadas de maneira a justificar a exploração. Deus concedeu direitos e privilégios ao seu povo, mas estes também incluem deveres e responsabilidades.

Tendo em conta os recursos finitos do mundo e a sua crescente população, juntamente com o impacto das atividades industriais e rurais, o desenvolvimento tem de ter em conta a necessidade de preservar a terra – no exercício de uma mordomia responsável.

Consequentemente os salvacionistas acreditam nos seguintes princípios:

Preocupação e consideração por todas as formas de vida, e não apenas pela vida humana.
Um esforço maior por um estilo de vida mais responsável de forma a causar um menor estrago ao meio ambiente.
Investimento na regeneração e reciclagem, tendo uma visão a longo prazo ao invés de expedientes de curto prazo, tanto em pensamento como em ação.
Cuidar daqueles que se tornem vítimas da necessidade de mordomia ambiental, ou que sejam vítimas do vandalismo ambiental.

Os salvacionistas são encorajados a considerarem com seriedade a sua responsabilidade pessoal pelo ambiente através da tomada de medidas práticas na regeneração e conservação da criação de Deus.

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